Consultório Portal GSTI #16 – ITIL ou COBIT?
Para enviar as suas questões, dúvidas ou comentários para o "Consultório PortalGSTI" deverá utilizar o email: consultorio@portalgsti.com.br “Estamos a iniciar um projeto de transformação da Direção de Sistemas de Informação e estamos a decidir se a melhor abordagem será ITIL ou COBIT. Existe alguma ferramenta para avaliar qual aquela que melhor se adequa à nossa realidade?" A. Carvalho (Luanda) Caros leitores, Antes de mais desejo-vos um excelente 2014 cheio de alegrias e sucesso! Que melhor forma de começar o ano do que retomar uma das discussões mais recorrentes aqui no PortalGSTI, e de uma forma geral em toda a comunidade SI: COBIT® ou ITIL ? Como estamos no início de um novo ano e normalmente esta é uma época de desejos e resoluções, eu diria que uma das minhas resoluções profissionais para este ano é: “Ajudar a deixar cair o “OU”!”. Com isto quero dizer que a primeira resposta a dar a esta pergunta é que ITIL e COBIT® não podem nem devem ser analisadas como frameworks substitutas. Não podemos falar em uma “OU” outra, mas sempre uma “E” outra, ficando a análise apenas no peso que cada uma deverá ter na Organização. Se olharmos para as principais alterações que ocorreram nos sistemas de informação nos últimos anos, a “Gestão de Serviços” foi sem dúvida uma das principais mudanças de paradigma na forma como as Tecnologias de Informação são encaradas nas Organizações. Ao afirmar-se como um fornecedor interno de serviços de excelência, as organizações de TI passaram a ter uma relação mais formal com os seus colegas das áreas de negócio, obrigando-se a um melhor equilíbrio entre a eficácia , de um cliente satisfeito, e a eficiência , de uma organização de TI que pudesse prestar o melhor serviço com a melhor otimização de recursos disponíveis. O ITIL teve um papel fundamental neste processo de transformação ao apoiar as áreas de TI a adotarem melhores práticas de referência e, resumindo, a funcionarem melhor. Sendo assim, uma das mais-valias do ITIL é: prestar serviços de TI de qualidade. Mas será que ter utilizadores de serviços de TI satisfeitos é suficiente? É um bom começo, mas é cada vez menos suficiente. Há mais de 2000 anos uma frase ficou célebre na antiga Roma: "À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta" . Esta é a frase que pode servir como uma das principais justificações para a importância crescente da utilização do COBIT® como complemento da utilização do ITIL . Também nas funções de TI, cada vez mais não basta fazer bem, tem de se ter a capacidade de demonstrar a todos os stakeholders que se está a fazer bem, e a lista de stakeholders com preocupações e necessidades de TI é cada vez maior, e muitos deles nem sequer se podem considerar utilizadores de TI. Veja-se alguns exemplos:
Consultório Portal GSTI #16 – ITIL ou COBIT? “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta"
- As áreas de negócio, apesar de satisfeitas com os serviços prestados, continuam insatisfeitas com os custos desses serviços ;
- Os reguladores e supervisores externos cada vez mais precisam de confiar na capacidade dos controlos do sistemas de informação e para confiar é necessária transparência e capacidade de medir;
- Os órgãos de gestão são cada vez mais pressionados a adotarem novos modelos de serviço baseados em fornecimentos externos e necessitam de tomar decisões bem fundamentadas;
- Cada vez mais organizações tendem a passar a operação das TI para fornecedores externos , no entanto as responsabilidades pela governança e gestão das TI mantêm-se nas Organizações o que leva à necessidade de adoção de novos modelos de gestão de TI e transformação de competências dos colaboradores;
- As alterações legais e normativas, por exemplo em áreas como a privacidade dos dados, necessitam de ser adotadas e demonstradas com impactos diretos na capacidade de fazer negócio;
- Os casos mediáticos relacionados com a segurança da informação (ou falta dela) são cada vez mais frequentes e colocam novos desafios às Organizações que vão muito além da Tecnologia;
- Os clientes estão cada vez mais exigentes e a inovação é vista cada vez mais como um fator diferenciador no momento da compra.
- Promover uma visão das TI focada nas necessidades dos diferentes stakeholders ;
- Envolver toda a Organização nas responsabilidades pelas TI;
- Garantir a utilização de ferramentas que permitam articular as várias frameworks e standards utilizadas, tanto nas áreas de TI como nas áreas de negócio;
- Promover uma visão holística dos sistemas de informação que vá além das Tecnologias; e
- Compreender as diferenças entre governança , gestão e operação das TI para poderem ser adotados processos adequados para cada situação.
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