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Carreira na grande ou pequena empresa?

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Wellington Moreira CONTEÚDO EM DESTAQUE

Em qualquer uma das duas é possível obter sucesso e ótimos ganhos, mas qual é a que combina mais com você?


Muita gente se pergunta o que é melhor: construir a carreira em grandes ou pequenas empresas? Quais as vantagens e benefícios que se pode obter em cada uma delas? Aonde é mais fácil encontrar um trabalho significante, bem remunerado e ainda manter considerável nível de empregabilidade?

Vamos aos fatos! Tanto numa quanto na outra se obtém sucesso desde que o profissional saiba lidar adequadamente com as características e limitações próprias a cada uma delas . E, acima de tudo, tenha ciência daquilo que quer para si.

Por exemplo, como a estrutura organizacional geralmente é sólida numa corporação maior, as pessoas são exigidas a cumprirem os padrões existentes e têm pouco espaço para utilizarem o seu potencial criativo. Ou seja, elas acessam ferramentas de última geração e recebem conhecimento técnico avançado para se tornarem especialistas que desempenham funções específicas, rotineiras e bem delimitadas.

Já a pequena empresa oferece maior autonomia de trabalho graças às fronteiras de atuação menos rígidas e a possibilidade de que a pessoa assuma responsabilidades que aceleram seu amadurecimento, mas fornece pouquíssimo suporte quando as coisas dão errado. Portanto, a precariedade dos recursos quase sempre exige que o profissional se desdobre para atuar em diferentes áreas ou projetos, desenvolvendo competências que o tornam generalista. Em síntese: numa pequena empresa as pessoas adquirem jogo de cintura, porém lhes falta bagagem técnica referente a processos, metodologias e ferramentas de gestão.

Agora se você projeta para si rápido crescimento profissional pode não gostar muito daquilo que encontrará em grandes empresas. Como elas tendem à burocratização, as promoções são mais lentas e não é fácil tornar-se visível por causa da dificuldade de acesso às pessoas do alto escalão. Diferentemente daquilo que ocorre numa firma menor, aonde o profissional evolui rápido e junto com o negócio, caso ele esteja numa curva ascendente.

E no tocante à remuneração? Há um senso comum de que as pessoas ganham mais quando trabalham em grandes empresas , porém isto nem sempre é verdade. Graças ao crescimento rápido e ao próprio modelo de negócios, as pequenas passaram a adotar agressivas políticas de remuneração a fim de reterem seus profissionais-chave. No entanto, é inegável que as maiores ainda conservam pacotes de benefícios muito mais atrativos, por isto é necessário fazer a conta antes de aceitar a proposta de uma start-up.

Também é preciso analisar como você atua quando pressionado. As empresas maiores costumam trabalhar com metas audaciosas e, pressionadas por seus acionistas, cobram resultados de uma forma que poucas vezes encontrará em companhias de menor porte. Assim, tornam-se o lugar ideal para pessoas que querem se superar a todo momento, mas um verdadeiro martírio na vida daqueles que não suportam cobranças periódicas.

Um quadro-resumo seria algo do tipo : se você prefere permanecer em sua cidade pelos próximos anos, quer atuar num ambiente com maior autonomia, gozar acesso fácil ao chefe ou busca crescimento rápido então é provável que se dê melhor em pequenas empresas. Caso ambicione trabalhar numa grife, esteja disposto a mudar de cidade, queira permanecer no radar dos caça-talentos ou direcionou sua formação para uma área bastante específica as grandes companhias parecem ser o seu lugar.

No entanto, se quiser ter certeza do tamanho ideal de empresa para a carreira que está construindo é preciso, acima de tudo, permitir-se a experiência de trabalhar durante algum tempo em cada uma delas . Afinal, como pode conhecer a profundidade de seus interesses, aquilo que não quer ter de enfrentar de jeito nenhum e aonde o seu talento realmente faz a diferença se não jogar o jogo ao menos uma vez? Boa partida pra você!

Wellington Moreira

wellington@caputconsultoria.com.br

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