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Capacitar Também é Facilitar o Aprendizado

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Wellington Moreira CONTEÚDO EM DESTAQUE

O ambiente de trabalho deve provocar a aprendizagem e favorecer novos comportamentos das pessoas.



Muitas organizações têm dirigido suas forças para a definição de estratégias inovadoras e com grandes probabilidades de sucesso. Até aí tudo bem, mas poucas têm se preocupado com o seguinte questionamento: será que temos pessoas preparadas para fazer este plano dar certo ?

As companhias começaram a acordar para o fato de que podem ter objetivos extremamente arrojados, mas sem pessoas capacitadas para concretizar tais alvos, pouco se alcança. Por conseguinte, os investimentos que antes eram dirigidos apenas à aquisição de recursos materiais e tecnológicos, agora começam a ser transferidos aos programas de desenvolvimento de competências (que trabalham liderança e comunicação eficaz, por exemplo), pois além de não depreciarem tão facilmente, tais recursos alcançam valorização recorde num médio prazo.


Todavia, é imprescindível que o empresário seja consciente de que capacitar pessoas é muito mais do que oferecer treinamentos de alto impacto . Um ambiente organizacional que ofereça boas condições estruturais de trabalho e gestores preparados para lidar com pessoas em processo de aprendizagem são tão importantes quanto oxigenar a equipe com novos conceitos promovidos por consultorias externas.

Se os cursos e os programas de desenvolvimento têm a capacidade de estimular novas atitudes, são as condições internas de trabalho que favorecem a adoção de novos e bons hábitos por parte das pessoas . É importantíssimo frisar isto, pois ouvi profissionais afirmarem categoricamente em inúmeras situações: “Isto que você está ensinando é muito bonito, mas duvido que será implantado em nossa empresa”.

Quando uma companhia não facilita o processo de transformação organizacional e a aplicação das capacidades apreendidas pelas pessoas, está construído o decadente quadro de “fingimento generalizado” em que as pessoas mascaram a sua produtividade, como o jogador Vampeta em sua curta passagem pelo Flamengo: “O clube finge que me paga, e eu finjo que jogo”.

O grande desafio das organizações não é simplesmente apresentar o que seus profissionais devem aprender, mas assegurar um ambiente propício onde possam aplicar aquilo que aprenderam . Pense nisso!

Wellington Moreira
wellington@caputconsultoria.com.br

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