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O e-commerce chegou à puberdade

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Fred Santoro CONTEÚDO EM DESTAQUE
O tema desta semana do Cases & Negócios é o famoso e-commerce, que ainda não afetou tanto o volume de vendas do varejo tradicional quanto se especulava há 15 anos. Atualmente a venda on-line não corresponde nem a 2% do total das vendas dos varejistas brasileiros; nos EUA este número chega a 5% em média. Uma legislação mais severa em relação a lojas incompetentes (ou de má-fé) pode aumentar muito a venda on-line no Brasil, assim como técnicas que lojistas podem implementar.
Primeiramente, acho importante acabar com dois mitos: o e-commerce não se limita ao ato da compra e não prejudica as lojas físicas, muito pelo contrário, reforça. Graças à Internet, consumidores podem comparar preços e produtos, divulgar seus produtos favoritos para seus amigos nas redes sociais e se comunicar diretamente com as marcas. Além disso, a Internet permite serviços de divulgação e pós-venda extremamente personalizados o que é um ativo valiosíssimo em qualquer indústria.
Uma grande oportunidade do e-commerce se deve à popularização dos smartphones, que permite ao usuário realizar todas as funções citadas no paragrafo anterior em qualquer lugar. Além disso, o pagamento mobile se tornou uma realidade assim como a geofidelização, que permite que marcas enviem promoções para seus clientes assim que estiverem perto de uma de suas lojas, por exemplo. Estas são outras formas do e-commerce reforçar o varejo tradicional.
O que vender on-line?
Produtos que precisam ser experimentados são complicados de vender on-line, mas é importante saber que os segmentos com maior volume de vendas no e-commerce brasileiro são: Eletroeletrônicos/Informática: (21,9%), Moda e Beleza  (20,0%,), Calçados/Artigos Esportivos(18,1%) e Livros/ Dvds/Jogos (10,5%). Outros produtos bem vendidos são relacionados à Saúde e Bem estar (8,6%) além de Automotivos, Alimentos e Bebidas que somam 10% do total.
O mercado on-line é muito concorrido e a maior parte das vendas é realizada por grandes players, por isso é fundamental buscar nichos. Neste sentido, acredito muito em produtos personalizáveis. Os consumidores do século XXI querem reproduzir sua identidade, nos produtos que consumem, ostentam e (até mesmo) revendem.  Como podem ver pelos segmentos acima, existem também muitas oportunidades na área de Serviços.
Também acredito muito no crescimento do comércio on-line no interior do país. Com um serviço de entrega imediata, um pequeno site local de confiança pode vender mais do que um gigante on-line em cidades pequenas. Os drones da Amazon – que citei no último post – vão demorar ao menos uma década para chegar lá.
As principais razões para comprar on-line são conveniência e preço; isto é básico. Para conseguir oferecer bons preços e confiança aos clientes da web, é fundamental escolher com cuidado os meios de pagamento entre as muitas opções do mercado.

Outro detalhe muito importante: assim como as lojas físicas, uma loja virtual tem que definir seu público-alvo e usar linguagem, visual e portfólio adequados a estes.  Muito mais que comprar Google e Facebook Ads, empresas inteligentes têm que explorar outros fatores como qualidade de atendimento, entrega e pós-venda. Surpreenda seus clientes, mande um brinde, avise quando chegar um novo produto, em momentos adequados (NÃO NO CADASTRO INICIAL!!!), pergunte pra que time ele torce, quantos filhos tem, peça desculpas e dê um desconto na próxima compra se a entrega atrasar, ou seja, personalize ao máximo seu atendimento.
Ainda estamos nos primórdios do e-commerce e sem dúvida, existe um potencial gigantesco para empreendedores dedicados ganharem muito dinheiro.
Em caso de dúvidas, comentem que responderei com o maior prazer.
Excelente sorte!

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