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Profissão youtuber: plataforma pode ser boa fonte de renda

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Para receber do YouTube, criadores de conteúdo utilizam o Google Adsense, ferramenta de gerenciamento de anúncios digitais

Trabalhar com o Youtube é uma realidade para um grande grupo de brasileiros que encontrou no mercado de audiovisual para a internet um meio de satisfazer seus desejos profissionais. O "Relatório de Impacto do YouTube Brasil: Contribuição econômica, social e cultural da plataforma para o país em 2020", feito pela Oxford Economics, aponta que atualmente existem mais de 20 mil canais com 100 mil inscritos ou mais no país. O número de canais com mais de 1 milhão de inscritos é superior a 2 mil.

O desempenho tem significado retorno financeiro para os youtubers. De acordo com o mesmo levantamento, o volume de canais que fizeram mais de R$ 10 mil em um ano registrou um aumento de 70%. Para esses criadores de conteúdo, ganhar dinheiro no Youtube é uma possibilidade de renda.

A plataforma tem contribuído para a economia brasileira. Segundo dados do relatório, estima-se que em 2020, o ecossistema criativo da rede de vídeos tenha injetado aproximadamente R$ 3,4 bilhões no PIB do Brasil. Além disso, os canais em atividade têm fomentado o equivalente a 122 mil empregos de tempo integral, entre diretos e indiretos.

O objetivo do estudo foi quantificar, de forma independente, as contribuições do YouTube para o país, afinal, a plataforma faz parte da vida de mais de 105 milhões de brasileiros. A pesquisa foi baseada no feedback direto da comunidade de criadores do Youtube, além de empresas e usuários.

Como conseguir dinheiro no YouTube?

O que desperta o interesse em criadores de conteúdo em produzir vídeos para o YouTube é o modelo de negócio de divisão de receita proposto pela rede, no qual a maior parte dos ganhos fica para o produtor. Assim, quanto mais visualizações um canal alcançar, mais lucrativo ele se torna.

Mas para chegar até este patamar, é preciso seguir alguns passos, bem como realizar uma boa produção do conteúdo e entender como funciona o Google Adsense, ferramenta de gerenciamento de anúncios em sites, blogs e vídeos do YouTube, que funciona como um elo estratégico para todas as partes envolvidas na ação publicitária.

Quando uma marca deseja fazer propaganda no YouTube, a cada anúncio veiculado, o Adsense repassa uma porcentagem da renda obtida para o proprietário do canal em que o comercial foi exibido. A publicidade inserida pode vir tanto antes do vídeo começar – quando o usuário aperta o play – quanto no meio do vídeo.

A quantidade de inscritos e o número de visualizações em cada vídeo são critérios primordiais para que a remuneração do Adsense aumente e o sonho de ter o YouTube como fonte de renda principal se torne mais factível.

Exigências para ser remunerado no YouTube

Não é qualquer canal do YouTube que pode ser remunerado. O primeiro passo para tornar um canal rentável é se cadastrar e ser aceito no YouTube Programa de Parceria (YPP). As principais exigências são ter mais de 18 anos de idade ou um responsável legal acima desta idade; ter, no mínimo, mil inscritos no canal; ter pelo menos 4 mil horas de conteúdo assistido nos últimos 12 meses; criar conteúdo que não descumpra as diretrizes da plataforma e ter uma conta no Google Adsense.

Para fazer parte do YPP, o usuário precisa ter: um e-mail do Gmail; um canal no YouTube (ou ser dono de um domínio de site); telefone de contato e endereço físico. Logo após o cadastro, o Google faz uma inspeção para conferir se o canal cumpre os termos de uso.

Após criar a conta no AdSense, o usuário deve ativá-la no YouTube. Com tudo aprovado, é a vez de informar o número da conta para que o pagamento seja feito a cada mês. Por ser uma empresa americana, o YouTube paga sempre em dólar.

Valores pagos pelo YouTube

O dinheiro recebido pelo youtuber depende da quantidade de vezes que seus vídeos são vistos. O pagamento acontece por meio do CPM, sigla para "custo por mil visualizações". O valor do CPM varia de canal para canal e é definido pelo próprio YouTube.

Por exemplo, se um canal tem um CPM de U$ 3, o proprietário receberá U$ 3 por cada vez que o vídeo atingir mil visualizações. Em média, o valor de CPM no Brasil varia entre U$ 0,25 e U$ 4,50.

Essa métrica exige dos criadores de conteúdo cuidado e dedicação na produção dos seus materiais. Isso envolve bons roteiros, imagem e edição, que são fatores que contribuem para manter ou elevar a média de visualizações e o valor recebido ao final de um mês.

Um detalhe importante é que o dinheiro não cai automaticamente na conta. Só é possível receber quando se atinge um limite mínimo de U$ 100. Portanto, para canais iniciantes na monetização, pode demorar até esse valor ser atingido.

Além de investir na qualidade dos vídeos, a alternativa para melhorar o número de visualizações dos vídeos e o crescimento do canal como um todo é conhecer melhor seu público e procurar, sempre, criar um conteúdo inovador e chamativo.

Outras formas de monetizar o canal além do Adsense

Além do Adsense, o criador de conteúdo pode explorar outras possibilidades para aumentar a remuneração, como vender produtos relacionados ao canal ou criar um “clube de membros”. Neste caso, o membro paga um valor estipulado para ter acesso a conteúdos exclusivos. Outra dica é estimular a assinatura ao YouTube Premium, pois quanto mais assinantes premium assistem aos vídeos, maior é a remuneração para o dono do canal.

O YouTube Shorts – concorrente do Instagram e do TikTok no ramo de vídeos até 60 segundos – já conta com um fundo de recompensa para remunerar canais que começaram a apostar na novidade. Embora não existam valores fixos, o youtuber tende a ganhar de acordo com o alcance do conteúdo produzido.


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