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Qual a importância da memória no processo de aprendizagem?

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Adriano Luz

A memória é uma habilidade cognitiva crucial no processo de aprendizagem. Ela é, basicamente, a demonstração da capacidade do cérebro de armazenar e recuperar informações.

Com isso, é permitido que cada indivíduo utilize o conhecimento adquirido no passado para entender, resolver problemas e tomar decisões no presente.

Mas, qual é a real importância da memória e da memorização na aprendizagem?

Por que esse aspecto cognitivo é tão importante para o nosso desenvolvimento?

Neste artigo, abordamos essas questões, discutindo e aprofundando os porquês de a memória ser fundamental para a assimilação do conhecimento e a formação de novas habilidades.

Além disso, explicamos mais profundamente como se dá o processo de memorização e listamos os "tipos de memória" que existem. Continue com a gente!

Como acontece o processo de memorização?

A memorização, que é basicamente o movimento da memória, é um processo complexo que envolve a codificação, o armazenamento e a recuperação de informações.

Veja nos tópicos abaixo as descrições mais detalhadas de cada um desses processos!

1 - Codificação

A codificação é a base do processo de memorização. Essa etapa é aquela onde as informações colhidas sensorialmente são convertidas em um formato que possa ser armazenado pelo cérebro.

2 - Armazenamento

Depois de codificadas, as informações são armazenadas na chamada memória de curto prazo ou memória de trabalho, onde ficam disponíveis por um curto período de tempo.

Porém, se as informações forem consideradas importantes pelo cérebro, são transferidas para a memória de longo prazo, onde ficam disponíveis por um período mais longo.

3 - Recuperação

Por fim, temos a recuperação, o último estágio do processo de memorização, que é caracterizada pela possibilidade de acesso às informações armazenadas e a preparação para a sua utilização em determinada situação.

Quais são os tipos de memória?

Muitas pessoas não sabem, mas a memória é dividida em três tipos, ou vertentes, como definem alguns especialistas. São eles:

Memória sensorial: é o aspecto da memória que fica responsável por manter as informações sensoriais (obtidas através de tato, olfato, audição, paladar e visão) por um breve momento após a sua percepção, como uma imagem ou um som, por exemplo;

Memória de curto prazo: também conhecida como memória de trabalho, ela armazena informações por um curto período de tempo, geralmente alguns segundos, minutos ou horas;

Memória de longo prazo: que é a responsável por armazenar informações por um período mais longo, podendo ser permanente ou semipermanente.

Durante o processo de memorização, ocorre uma transferência de informações entre a memória sensorial, de curto e de longo prazo.

Após essa transferência, se dá o processo de consolidação, que envolve a repetição, associação e organização das informações no cérebro.

Vale destacar que nem toda memória sensorial se consolida a curto prazo e assim sucessivamente. Inclusive, a maioria das memórias colhidas se perde nos primeiros estágios.

Contudo, muitas memórias são consolidadas pelo cérebro, podendo ser acessadas anos mais tarde à sua captura. Isso acontece principalmente com acontecimentos importantes e marcantes, como um acidente sofrido ou o nascimento de um filho, por exemplo.

Porém, muitas informações acessadas através dos estudos e do trabalho, também podem ser consolidadas, desde que sejam assimiladas repetidamente, como ocorre nas técnicas de ensino e aprendizagem aplicadas nas escolas.

Porque a memorização é importante para o aprendizado?

Como já ficou claro em alguns pontos desse artigo, a importância da memorização para o aprendizado se demonstra no próprio processo de memorização, onde ocorre a fixação de conteúdos aprendidos.

Essa trilha é fundamental para que o conhecimento seja consolidado e possa ser utilizado posteriormente em situações de aprendizado mais complexas ou que exijam o uso das informações obtidas anteriormente.

Um bom exemplo de local onde a memorização é vital, é a realização de provas e exames, onde o desempenho depende da capacidade de recordar informações relevantes que foram estudadas no passado.

Por fim, podemos dizer que sem a memorização, seria difícil para as pessoas aprenderem e se desenvolverem cognitivamente, seja no âmbito acadêmico ou profissional.

É possível aprender estando com a “memória fraca”?

Por tudo que lemos até aqui, muitas pessoas têm dúvidas sobre se é possível que indivíduos com a “memória fraca” possam aprender.

Em resumo, tecnicamente é sim possível que uma pessoa com a memória fragilizada possa aprender algo. Porém, esse indivíduo enfrentará grandes desafios no processo.

Isso porque o processo de aprendizagem exige o uso de toda a capacidade cognitiva que uma pessoa tiver, a fim de reter informações e acessá-las em momentos cruciais.

Dessa forma, pessoas que tiveram as suas memórias afetadas de alguma forma, como através da degeneração provocada por doenças como Alzheimer ou Parkinson, por exemplo, devem ter uma atenção especial dos educadores que eventualmente venham a atendê-los.


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