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Unidade de liberação e pacote de liberação

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Fernando Palma CONTEÚDO EM DESTAQUE

Unidade de liberação

Para #ITIL, uma unidade de liberação é um conjunto de componentes de um serviço de TI que normalmente são liberados juntos, de acordo com a política de liberação da organização. 

Se a definição do parágrafo anterior parece teórica para você, basta pensar assim: por "liberar", podemos entender disponibilizar um serviço novo ou modificado para os usuários. Imagine que você, por exemplo, administra um website e costuma adotar o seguinte padrão para gerenciar as mudanças aplicadas:
  • Regra 01 - cada um dos 05 módulos do site é atualizado separadamente. 
  • Regra 02 - as modificações de cada módulo são agrupadas e liberadas de uma só vez, na primeira sexta feira de cada mês.
  • Regra 03 - um outro módulo não pode ser liberado para o público enquanto a liberação do módulo anterior não tenha sido completamente validada e considerada estável.

Neste caso exemplificado, cada um dos 05 módulos é uma unidade de liberação e as regras 01, 02 e 03 compõem a sua política de liberação. 

A forma de definir e gerenciar as unidades de liberação varia muito de acordo com o serviço de TI que está sendo tratados, assim como componentes específicos deste serviço (tais como software ou hardware).

A imagem a seguir é um exemplo simplificado do conceito de unidade de liberação. O "Serviço A" ilustrado são ilustrado é subdividido em ativos de serviços, que por sua vez se desdobram em outros ativos.

A depender de como a empresa trate este serviço, a(s) unidade(s) de liberação pode(m) ser:

  • Todo o serviço A
  • Os  componentes A1, A2 e A3
  • Ou até sub componentes, como é o caso de A2.1.1 


Exemplo simplificado das unidades de liberação para um serviço de TI 
Como exemplo, os ativos e componentes do serviço ilustrados na imagem podem ser: 
  • A1 - Servidor
  • A2 - Aplicação
  • A2.1 - Aplicação principal, desenvolvida dentro da organização de TI
  • A2.1.1 - Relatório do software comercial de prateleira utilizado
  • A2.2 - Segunda aplicação, desenvolvida dentro da organização e TI
  • A3 - Software do cliente, desenvolvido dentro da organização de TI
  • A3.1 - Um módulo específico do software.

Em resumo, o objetivo é decidir o nível de unidade de liberação mais adequado para cada ativo ou componente de serviço.

Uma organização pode, por exemplo, decidir que a unidade de liberação é uma aplicação completa para aplicações críticas de negócios, assegurando que os testes são abrangentes. Neste caso, as modificações serão apenas liberadas quando todas as modificações pendentes estiverem implementadas, e todo a aplicação for re-testada. Uma outra empresa pode adotar política diferente:atualizações para módulo da aplicação é liberada individualmente.

Pacote de liberação

Um pacote e é um conjunto de itens de configuração que serão construídos, testados e implementados e liberados.

Para diferenciar os dois conceitos basta sabermos que cada pacote pode conter uma ou mais unidades de liberação. Às vezes pode ser necessário criar um pacote de liberação que contenha apenas uma parte de uma unidade de liberação ou algumas unidades de liberação juntas. Tais alternativas devem ser também orientadas por regras e diretrizes definidas na política de liberação da empresa.

Como organizar unidades de liberação e pacotes de liberação

Cada empresa vai aprender com a própria experiência a organizar e re-organizar o escopo de unidades de liberação e pacotes de liberação para serviços de TI.

Algumas diretrizes que devemos levar em consideração são:
  • a facilidade e a quantidade de mudanças necessárias para liberar uma unidade de liberação;
  • a quantidade de tempo e recursos necessários para construir, testar, distribuir e implementar uma unidade de liberação;
  • a complexidade das interfaces entre a unidade proposta e o resto dos serviços e infraestrutura de TI;
  • o armazenamento disponível na compilação, teste, distribuição e ambientes ao vivo.

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